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Bicho da seda. Tecnologia em genética

Muita gente não sabe que a seda (sim, aquele fiozinho que se faz tecidos) é uma fibra natural feita por um bicho, mas especificamente uma lagarta. Mesmo quem já ouviu falar no bicho da seda, não faz idéia do que é a indústria e a ciência por trás desse fio. Vamos desmistificar esse assunto nos próximos parágrafos.

Em primeiro lugar, saibam que existem mais de 16 raças diferentes do bicho da seda. Todos criados cientificamente em laboratórios, mantidos puramente por manutenção da espécie, pois os bichos da seda já não existem mais na natureza em tanta diversidade.

Cada espécie do bichinho produz um fio de cor diferente, por esse motivo vários experimentos genéticos foram feitos para “aperfeiçoar” o fio, torná-lo cada vez mais branco e mais resistente, dando origem a tecidos de melhor qualidade. Hoje o inseto comum é o branco, praticamente albino.

Ciclo de vida

O bicho da seda nasce lagarta. E muito feio, parece um verme. Durante o seu crescimento ele é alimentado somente com folhas de amora.

Lagarta

Ao atingir um estágio de metamorfose, a lagarta procura um local seguro para fazer a sua crisálida (ou casulo), onde se fixa com fios muito finos e começa a deteriorar o seu próprio corpo para criar o casulo de onde surgirá a mariposa. O casulo todo é feito com apenas um fio, muito longo e resistente, capaz de suportar alguma pressão.

Lagarta subindo

Dentro do casulo, a lagarta se torna novamente uma larva, com cerca de 1/3 do seu tamanho adulto (a maior parte do material orgânico foi utilizado para gerar o fio), que nunca chegará a ser mariposa. Isso porque se a larva “nascer”, ela rompe o casulo para sair e assim rompe o fio.

Casulo e Mariposas

A extração do fio 

Os casulos são colocados em uma máquina que as aquece até uma temperatura insuportável para as larvas, porém não tão alta que prejudique o casulo. Após isso são colocados em uma máquina especificamente preparada para achar o iní­cio do fio de seda e desenrolá-lo, desfazendo o casulo sem romper o fio e sem prejudicar o inseto morto dentro dele.

Essa preocupação em não prejudicar o cadáver é porque seu corpo falecido é exportado para paí­ses asiáticos, pois são riquí­ssimos em nutrientes. Parte será transformada em pó para criação de pí­lulas naturais ou enriquecimento de alimentos, outra parte será utilizada como aperitivo. Quem comeu diz que é uma delí­cia com cerveja, como pistache.

Como o fio é branco, seu tingimento é mais fácil, reduzindo a quantidade de quí­micos utilizados na fabricação dos tecidos de seda.


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