E-Commerce e Segurança

O comércio eletrônico no Brasil, ao contrário do que muitas pessoas pensam, vai bem obrigado. De acordo com os dados fornecidos pelo e-bit, o faturamento do setor em 2005 foi de R$ 2,5 bilhões e se seguir a tendência de crescimento este ano (com surpresas como o dia das crianças) ultrapassaremos a marca de R$ 4,2 bilhões no fechamento de 2006. Um crescimento superior a 60% em relação ao ano passado.

Apesar dos relatórios e expectativas bem otimistas assustarem alguns incrédulos, o e-commerce brasileiro ainda tem muito o que crescer e aparecer para o mundo. O número crescente de brasileiros conectados (2 milhões de novos usuários só em 2006), a disseminação de novas lojas virtuais, a redução de custo dos equipamentos de acesso, a maior divulgação de conhecimento e ferramentas de segurança online. Esse é um fator muito importante nesse crecimento.

Segundo o Cert.br, as fraudes financeiras na Internet em 2005 cresceram 579% com relação a 2004. De acordo com a Febraban, isso representou R$ 300 milhões de prejuí­zo somente aos bancos. Um cenário que se agrava sempre em épocas de festas, como o natal.

Felizmente, assim como crescem as fraudes e acesso de pessoas de má í­ndole e criminosos í  rede, os atuais usuários possuem mais informação disponí­vel, assim como as empresas estão tomando mais cuidado (í s vezes excessivo) com seus ambientes virtuais. Os bancos por exemplo, mesmo sendo o setor mais atacado, continuam crescendo e oferecendo novas formas de acesso remoto aos seus usuários, ferramentas de segurança (cadastro de computador, cartão de código, chaveiro criptográfico, certificados digitais, etc) ao cliente e ao próprio banco, fazendo do Brasil um dos paí­ses que mais usam o internet banking no mundo.

Obviamente, assim como no mundo “real”, o mundo virtual está mais cheio de gente “esperta de caráter duvidoso” que de pessoas “espertas e honestas”. Por esse motivo, cabem sempre algumas dicas de segurança para quem pretende ou não comprar pela Internet, mas que devem ser amplamente divulgadas para nos brindar com um ambiente mais seguro e melhor utilizado.

1. Qualquer um pode ter um certificado de segurança

Um certificado de segurança só garante uma coisa: os dados que você fornecer ao site seguirão criptografados do seu computador até o site que está utilizando. Ele não garante que esses dados ficarão inacessí­veis aos funcionários do site, nem que seus dados serão utilizados de maneira correta ou honesta, muito menos que o site em questão é idôneo. Portanto, o fato de um site ter ou não o cadeado no canto do navegador não faz dele um site confiável (ou desconfiável). Se você não conhece o site, procure referências do mesmo na Internet.

2. Sites sérios não lhe pedem dados pessoais por e-mail

Seu cartão de crédito foi negado? Faltou preencher o código de validação? Provavelmente ninguém irá lhe pedir isso por e-mail. Se pedir, desconfie. Prefira que lhe forneçam uma opção no próprio site ou um número telefônico para onde ligar. Confirme informações com sua operadora ou seu banco. Não acredite em informações “terceirizadas”.

3. Não clique, digite

Os golpes que dão mais certo na Internet usam uma técnica chamada Phishing (corruptela do termo “fishing” do inglês “pescaria”), onde o fraudador cria um e-mail ou website que imita (com perfeição) sites de comércio eletrônico e bancos. Ao clicar em links enviados, você será levado a essas páginas falsas ou será solicitado a instalar algum programa. Portanto, se você receber um e-mail que julga ser verdadeiro do seu banco ou site de e-commerce que fez compra recente, acesse o site digitando o endereço no seu navegador e verifique a informação. Caso não consiga, ligue para a empresa. Não clique a menos que você tenha absoluta certeza do que está fazendo e do risco que está correndo.

4. Prefira cartões de crédito í  opções de débito

Como a polí­tica dos cartões de crédito é muito flexí­vel e fornece uma garantia muito maior ao seu usuário que ao próprio estabelecimento, prefira utilizá-los em suas compras online. Opções de débito em conta efetuam o pagamento instantaneamente, dificultando muito uma reclamação posterior com o seu banco em caso de fraudes. Sua operadora de cartões de crédito lhe dá 365 dias de prazo para reclamar uma transação que você não fez. Isso significa que se o seu cartão for roubado e utilizado para fazer compras em seu nome, você pode cancelar essas compras até 1 ano depois de feita. Obviamente quanto mais tempo levar, maiores são as chances de não ter sucesso no cancelamento além de que, toda solicitação de cancelamento de compra implicará em investigação por parte da operadora.

5. Sites de leilões são negociações diretas

Se você costuma usar sites de leilões virtuais para fazer suas compras, fique atento. O site não se responsabiliza se você depositou o dinheiro na conta bancária do João Silva (nome fictí­cio) e ele não lhe enviou o seu Play Station 3 contrabandeado. É uma negociação direta entre o comprador e o vendedor. Existem muitos usuários “fantasma” em leilões virtuais e para se prevenir o melhor é seguir as dicas do próprio site, indicações de honestidade, pontuações, número de compradores, etc. Se o site oferecer algum serviço de escrow e você confia no site, é altamente aconselhado utilizá-lo. Se você tiver 1% de insegurança, não compre. Ou compre, sabendo o risco que está correndo.

6. Tenha hábitos seguros de navegação

Essa dica fala por si mesma e pode ser traduzido em muito blá blá blá, como: Não abra e-mails suspeitos; Não instale programas enviados por e-mail, mesmo tendo sido enviado por sua mãe; Mantenha seu antivirus sempre atualizado; Se possí­vel, mantenha um firewall e um anti-trojan também; Não mantenha senhas e dados financeiros gravados no computador sem o mí­nimo de segurança (como uma criptografia por exemplo); Não insira seus dados financeiros em sites que você não confia 100%; Desconfie se você receber de alguém que não conhece um e-mail com as fotos da Karina Bacchi na Playboy*; etc etc etc.

As dicas são muitas e se você utilizar o bom senso, nem precisa ficar neurótico com segurança.

Relaxe e boas compras de natal.

* Sim, isso é um cata-corno-google

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