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LG Renoir, um celular de luxo

Estou testando o aparelho que me foi presenteado pela LG, o KC910q, também conhecido como LG Renoir, há uns 20 dias e acredito já possuir dados o suficiente para dizer minhas impressões do gadget – que já adianto, me impressionou bastante.

Para começar, é bom dizer de cara que o Renoir não é e não nasceu pra ser um smartphone. Embora algumas funções sejam próximas de um, a intenção da LG não foi lançar um semi-PDA, mas um celular de luxo com funções multimí­dia mais power.

Aspecto fí­sico do aparelho

Não chega a ser um tijolo, mas não é nenhuma miniatura (Foto: iPod Touch í  esquerda e Blackberry 8300 í  direita). Eu diria que o tamanho é aceitável para as funções que oferece, principalmente por conta da câmera. Se ele fosse um pouco mais fino, seria complicado fotografar com ele, já que o celular se comporta como uma câmera de bolso, exigindo o posicionamento horizontal.

É leve o bastante para carregá-lo no bolso da camisa sem incômodos, e pequeno o suficiente para levá-lo no bolso da frente da calça, sem causar nenhum constrangimento com o volume ou machucar ao sentar. Também é anatomicamente confortável tanto para navegar quanto para tirar fotos ou falar (sim, ele também faz e recebe ligações 😉 ). Da mesma forma que o iPhone, o teclado touch não me agrada, mas saiu-se bem nos testes de digitação, comportando-se í s vezes melhor que o próprio aparelho da Apple.

A câmera de 8 megapixels

Impossí­vel e injusto compará-lo com uma câmera semi-profissional, óbvio, mas ao bater com algumas compactas, o Renoir sai ganhando. E olha que é um celular! A câmera do bichinho é muito boa, principalmente em ambiente claros e mais ainda ao ar livre.

Durante esse tempo, tirei diversas fotos em várias situações de luz e movimento, além de configurações diversas. A câmera possui, além dos modos automáticos, alterações manuais de flash, brilho, balanço de branco e iso. Mais ainda, possui detector de piscada, de sorriso, estabilização de imagem e fotos panorâmicas, entre outras surpresas. Essa última me impressionou muito, depois dos diversos testes que fiz tentando enlouquecer o software que junta as imagens ;-). Mais um recurso interessante é o foco na tela. Você pode tocar no objeto que deseja focalizar e ao retirar o dedo a câmera captura a imagem, evitando tremedeiras.

Ao contrário da maioria dos celulares, a lente da câmera pode ser fechada para evitar sujeira e o aparelho dispõe de uma segunda câmera, frontal, que pode ser usada tanto para fazer auto-fotos, quanto para video-chamadas (que não pude testar por conta do firmware capado da Claro, que veio no aparelho). A qualidade da foto com a câmera interna é muito inferior, só pra saber.

Além de fazer fotos, o Renoir também filma, em 4 tamanhos diferentes, incluindo 2 em widescreen. A câmera de ví­deo faz filmes em slow motion e fast motion, dá zoom (digital) enquanto filma e tem ajustes avançados de imagem. Claro que não é nenhuma mini-DV, mas quebra o galho muito bem.

O som estéreo com mobile surround

Não sei exatamente a diferença do tal mobile surround no som do aparelho, mas que a qualidade de audio é extremamente boa, ah isso é. Tanto no auto-falante quanto nos fones de ouvido estéreo, o som é matador. A falha aqui está no conector proprietário para o fone, dificultando o uso em conjunto com outros equipamentos como amplificadores e aparelhos de carro.

A navegação na Internet sem fio

O Renoir navega em 3G e pode se conectar em redes Wi-Fi ou equipamentos Bluetooth. Nos testes que fiz, a navegação 3G foi suave e sem engasgos, assim como a via Wi-Fi. O alcance é muito bom e permite registrar diferentes redes para conexão automática quando disponí­veis. Infelizmente não consegui conectar com o MacBook para transferência de dados, mas foi tranquilo com outro Renoir e com o Blackberry. Nesse último fiz até a transferência de todo a agenda de uma vez. Mão na roda.

O navegador embutido é muito bom, possui até abas, mas caso você prefira pode instalar o Opera Mini, embora a versão Java com o Renoir tenha a tela reduzida por conta de uns botões que tocam parte da tela. A instalação de outros programas Java também é muito fácil e há algumas aplicações decentes já compatí­veis. Das que eu fiz o teste, apenas o Nimbuzz não rolou e o Google Maps não conseguiu identificar o GPS (embora nesse caso pode ter sido por conta do firmware, segundo o pessoal que estava conosco).

Conexões, cartões e bateria

O Renoir veio com um cartão microSD de 2 GB (não sei se é padrão ou apenas para a ação que participei), que é grande o suficiente para guardar muitas fotos e ví­deos. A bateria também não decepciona. Utilizando wi-fi, 3G, falando, enviando SMS e utilizando exaustivamente a câmera, ela aguentou mais de 10 horas tranquila e calma.

Infelizmente, como citei acima, a interface de conexão do aparelho é única e proprietária. Ele vem com um cabo USB, um carregador e fones de ouvido stereo, mas todos utilizam a mesma conexão como ponte. Ouvir MP3 ou atender uma ligação usando o fone hands free enquanto carrega o aparelho, nem pensar. Da mesma forma, vai ter que rolar um adaptador se quiser colocar suas músicas numa caixa de som ou no aparelho do carro.

Interface touch screen e acelerômetro

Assemelha-se ao iPhone a forma de interagir com o aparelho, embora bem menos sensí­vel e precisa, além de parecer um pouco frágil, pois a tela é flexí­vel ao toque, quase como um LCD. Não é multi-toque também, mas funciona. E bem. O teclado pode ser usado, na maioria das vezes, tanto na vertical quanto na horizontal (em qwerty) e em algumas vezes pode ser usado a escrita manual com a canetinha que o acompanha – bem útil para quem tem dedos grossos, mas um apêndice desnecessário para a maioria dos usuários (eu já disse que o celular é ideal para mulheres?).

Assim como o iPhone, o Renoir possui um acelerômetro interno, que o permite identificar mudanças de posição do aparelho, movimentos bruscos e até mesmo a direção. Alterar a interface das fotos, exibir teclado qwerty completo ou rolar os dados de um game, são algumas das aplicações para a feature.

Softwares e sincronismo

O sistema operacional do Renoir é quase o mesmo do Viewty, com poucas modificações por conta da câmera basicamente. No big deal, mas funciona. Por não ter intenção de ser smarphone, aceita-se a não-intuitividade da interface, a escassez de softwares e os poucos recursos além dos multimí­dia. Existe um esquema de widgets, que você usa para adicionar funcionalidades í  sua “homepage” por assim dizer, que é até interessante, mas pouco útil. Não sei se dá pra adicionar novos widgets, baixando da Internet. Isso seria uma boa.

Infelizmente, como a grande maioria dos aparelhos disponí­veis no mercado, o Renoir não possui software de sincronismo com o Mac (ou se possui, não achei). A única forma de acessá-lo é pelo cartão SD, como um pendrive. Ao conectar o dispositivo na porta USB, o aparelho pergunta o modo de conexão. O único aceito pelo Mac é “Dispositivo de armazenamento de massa”. Os modos “sincronismo” e “transferência de música” só são interpretados pelo Windows.

Conclusões

Meu perfil de usuário exige um celular mais para smartphone que outros tipos, portanto, esse não seria um celular próprio para mim. No entanto, ele é perfeito para quem gosta de novas tecnologias, usa o celular como MP3 player (está aqui um ótimo MP3 player) e precisa de uma boa câmera sempre í  mão, para fotos rápidas e casuais – ou mesmo fotos importantes e não tão rápidas. Eu vou ficar com ele como segundo celular, principalmente pela ótima câmera.

Mais sobre o Renoir na Internet

Observação: Este post não foi solicitado ou orientado pela LG, mas é importante deixar claro que o celular me foi presenteado durante a ação Clube Renoir, realizada pela Sync, agência digital da LG.

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