Internet

Resoluções de ano novo. 2007? Não, 1024!

Calma, esse não é um artigo para falar sobre coisas que quero mudar no próximo ano. A palavra resolução foi usada tecnicamente, para definir o tamanho em pixels da tela do usuário.

Como está mais uma vez em pauta os padrões utilizados para definir um layout fixo do website (O Tableless mudou, o Henrique pensa em mudar e o Bruno revolveu também falar sobre), resolvi eu também dar o meu pitaco no assunto.

Diversidade

Apesar de estatí­sticas apontarem um crescimento no uso da resolução do usuário, algo perfeitamente dedutí­vel visto a queda nos preços dos equipamentos de informática e melhoria na tecnologia permitindo melhores imagens em monitores menores, ainda temos muita gente utilizando resoluções inferiores a 1024×768 na Internet. Diversos fatores colaboram com esse quadro.

1. Foi-se o tempo em que os sites abusavam de efeitos, imagens, fotos, audio, video, etc etc. Hoje é crescente a tendência em se ter um site organizado, enxuto, bem feito, dentro dos padrões web, além de apostar na máxima “menos é mais”.

2. Os monitores de 14 e 15 polegadas não estão sendo simplesmente jogados no lixo. Eles sempre foram destinados a pessoas com menor poder aquisitivo na hora da troca por um novo, seja vendendo por um precinho camarada ou doando mesmo. Acontece que hoje o acesso í  Internet está muito mais fácil e barato, fazendo com que esses monitores (com novos usuários) passem a fazer parte novamente da rede.

3. Por falta de habilidade ou mesmo de conhecimento, muitos usuários nunca mudam a resolução padrão do monitor ao comprar seu computador, mantendo-o daquela forma ou porque não sabem mudar ou porque não sabem que pode-se mudar.

4. Por questões de saúde, monitores de 14 polegadas devem ser utilizados em 800×600; De 15 polegadas, a depender MUITO da qualidade da imagem e da taxa de atualização do equipamento (frequencia), não é recomendável passar dessa resolução. Muitos monitores de 15″ aceitam a resolução de 1024×768 mas usar o micro nessa resolução pode cansar a vista muito rápido, um sinal claro de que ela não deve ser mantida.

5. A diversidade de equipamentos que hoje acessam a Internet, sem ser considerado um computador. Atualmente muitos celulares, palmtops, mini laptops, tablets, e até mesmo geladeiras possuem acesso í  rede, telas e resoluções diversas.

Usabilidade

Reza a cartilha da usabilidade e acessibilidade, que devemos nos esforçar ao máximo para que a maior quantidade de pessoas tenha acesso í s informações disponí­veis em nosso site. Isso significa disponibilizar o conteúdo de tal forma que independa do navegador, resolução de tela ou equipamento o nosso usuário estiver usando para que possua os mesmos direitos de acesso ao nosso site.

A questão da acessibilidade já virou até lei no Brasil, com relação aos sites públicos, mas está longe de ser cumprida, respeitada ou seguida. E se nós, desenvolvedores web, não começarmos uma revolução nesse sentido, apoiando, incentivando e dando exemplos, ainda vai demorar muito para que isso se torne uma realidade.

Voltando a questão

Pensando na usabilidade e na questão das resoluções, tamanhos de tela e área útil do navegador (eu raramente maximizo a minha tela do navegador e conheço muita gente que faz o mesmo), eu apóio aqueles que como eu adotaram o layout elástico, que se adapta í  tela do leitor, sem perder a legibilidade do texto, sem ter seus parágrafos esticados demais ou comprimidos demais.

A dica eu segui do Ivo Gomes, de quem também me inspirei bastante para construir este blog (como relatei no 3o artigo escrito). Como disse o Ivo, esse tipo de layout permite ter controle sobre o desenho da página, ao mesmo tempo que possibilita uma melhor distribuição do texto na tela, uma vez que ao aumentar o tamanho da fonte (usuário) o layout se ajustará juntamente com ela, sem quebrar.

Sei que ainda tenho muita coisa a implementar para que meu site seja considerado “acessí­vel”, mas o primeiro passo já foi dado: Resolution Safe! 🙂

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